Como o CDI afeta seus investimentos e por que você precisa entender isso
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Paulo Ferreira
4/14/20258 min ler


Como o CDI afeta seus investimentos e por que você precisa entender isso
Em um cenário financeiro cada vez mais complexo, entender os indicadores que influenciam seus investimentos tornou-se essencial para qualquer pessoa que deseja fazer seu dinheiro trabalhar de forma eficiente. Entre esses indicadores, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é um dos mais importantes do mercado brasileiro, mesmo que muitos investidores não compreendam completamente seu funcionamento e impacto.
Neste artigo, vamos desvendar o que é o CDI, como ele afeta diretamente seus investimentos e por que esse conhecimento é fundamental para tomar decisões financeiras mais inteligentes em 2025.
Você já ouviu falar do CDI, mas entende o que ele realmente faz?
Quando analisamos as opções de investimentos disponíveis no mercado, frequentemente nos deparamos com frases como "rende 110% do CDI" ou "rentabilidade atrelada ao CDI". Essas expressões aparecem em praticamente todos os produtos de renda fixa, desde CDBs até fundos de investimento. Mas o que isso significa na prática?
Para muitos investidores, o CDI permanece como uma sigla misteriosa, um número abstrato que aparece nos relatórios de rentabilidade. No entanto, compreender esse indicador pode ser a diferença entre escolher bons investimentos ou deixar seu dinheiro render abaixo do potencial.
Como Marcelo, 34 anos, professor universitário, descobriu: "Por anos, mantive meu dinheiro em uma aplicação que prometia 'rendimento superior à poupança', mas quando finalmente entendi o CDI, percebi que estava perdendo cerca de 2% ao ano em rentabilidade. Esse conhecimento me fez migrar para aplicações mais eficientes."
O que é o CDI e como ele se forma
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa de juros utilizada em operações entre bancos. De forma simplificada, quando um banco tem excesso de recursos, ele pode emprestar para outra instituição financeira que esteja precisando de liquidez. Esse empréstimo é feito através dos CDIs e a taxa cobrada nessa operação é o que chamamos de "taxa CDI".
A relação entre CDI e Selic
Um ponto fundamental para entender o CDI é sua estreita relação com a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Na prática, o CDI acompanha muito de perto a Selic, geralmente ficando poucos pontos-base acima ou abaixo dela.
A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias. Já o CDI é formado diariamente, refletindo as operações realizadas entre as instituições financeiras naquele dia específico.
Em abril de 2025, por exemplo, com a Selic em [valor atual], o CDI tem oscilado em torno de [valor aproximado], demonstrando essa correlação.
Como o CDI é calculado
O cálculo do CDI ocorre diariamente e é feito pela B3 (antiga BM&F Bovespa), com base nas transações interbancárias realizadas. A metodologia considera:
Volume negociado: O total de recursos que circulou entre os bancos naquele dia
Taxas praticadas: As taxas de juros aplicadas em cada operação
Prazo das operações: Geralmente são operações de curtíssimo prazo (overnight)
A partir desses dados, é calculada uma média ponderada que resulta na taxa CDI diária. Vale ressaltar que existe uma taxa CDI diária (over) e uma taxa CDI acumulada no mês ou no ano, que é frequentemente usada como referência nos investimentos.
Tipos de investimentos que usam o CDI como referência
O CDI é utilizado como benchmark (referência) para diversos produtos financeiros no mercado brasileiro. Entender quais investimentos são atrelados a esse indicador ajuda a avaliar melhor onde aplicar seu dinheiro.
CDBs e outros títulos bancários
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são um dos investimentos mais populares que utilizam o CDI como referência. Quando um banco oferece um CDB que paga "105% do CDI", isso significa que a rentabilidade será 5% superior à taxa CDI do período.
Além dos CDBs, outros títulos bancários seguem a mesma lógica:
LCI (Letra de Crédito Imobiliário): Geralmente oferece percentuais do CDI um pouco menores que os CDBs, mas com a vantagem de ser isento de Imposto de Renda para pessoa física.
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): Semelhante à LCI, também é isenta de IR e costuma oferecer rendimentos em percentual do CDI.
LC (Letra de Câmbio): Menos comum, mas também usa o CDI como referência.
Fundos de investimento
A maioria dos fundos de renda fixa, DI e baixo risco tem como meta superar um percentual do CDI ou o próprio CDI.
Fundos DI: Buscam acompanhar a variação do CDI, geralmente entregando entre 95% e 105% desse indicador após taxas.
Fundos de Renda Fixa: Frequentemente usam o CDI como benchmark, com metas como "CDI + 1% ao ano" ou "110% do CDI".
Fundos Multimercado: Muitos usam o CDI como referência mínima de rentabilidade.
Títulos privados
Debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e outros títulos de dívida privada também podem ter sua remuneração vinculada ao CDI.
Nesse caso, é comum encontrarmos expressões como "CDI + 2% ao ano", significando que o título renderá a variação do CDI no período mais 2% ao ano.
Renda fixa pós-fixada e sua relação com o CDI
Os investimentos de renda fixa podem ser prefixados (com taxa definida no momento da aplicação) ou pós-fixados (que variam conforme um indexador). O CDI é o principal indexador das aplicações pós-fixadas no Brasil.
Como funcionam os investimentos pós-fixados ao CDI
Em um investimento pós-fixado atrelado ao CDI, a rentabilidade final só será conhecida ao término do período de aplicação, pois dependerá da variação do CDI nesse intervalo.
Por exemplo:
Se você investir em um CDB que paga 110% do CDI por um ano
E o CDI acumular 10% nesse período
Sua rentabilidade bruta será de 11% (110% de 10%)
É importante notar que essa característica confere aos investimentos atrelados ao CDI uma proteção natural contra aumentos na taxa de juros, já que sua rentabilidade acompanha essas elevações.
Vantagens e desvantagens da indexação ao CDI
Vantagens:
Proteção contra alta de juros: Se o Banco Central elevar a Selic, o CDI tende a seguir o mesmo caminho, aumentando a rentabilidade do seu investimento.
Previsibilidade relativa: Ainda que seja pós-fixado, há certa previsibilidade, pois o CDI raramente sofre mudanças bruscas no curto prazo.
Liquidez: Muitos produtos atrelados ao CDI oferecem boa liquidez (possibilidade de resgate).
Desvantagens:
Rentabilidade limitada em cenários de queda de juros: Se a Selic cair, o CDI também cairá, reduzindo os rendimentos.
Menos transparência para investidores iniciantes: A rentabilidade expressa em "percentual do CDI" pode ser menos intuitiva do que uma taxa fixa anual.
Variação conforme o cenário econômico: Em momentos de instabilidade, pode haver maior volatilidade.
Como o CDI muda suas decisões de investimento
Entender o comportamento do CDI e sua relação com outros indicadores econômicos permite tomar decisões de investimento mais fundamentadas e alinhadas com seus objetivos financeiros.
Escolhendo entre prefixado e pós-fixado
A decisão entre investir em um título prefixado ou em um pós-fixado atrelado ao CDI depende da sua visão sobre o futuro da taxa de juros:
Se você acredita que a Selic irá subir:
Invista em títulos pós-fixados (CDI)
Evite longos prazos em títulos prefixados
Se você acredita que a Selic irá cair:
Prefira títulos prefixados com taxas atraentes
Considere títulos mais longos para "travar" taxas atuais
Carlos, engenheiro aposentado, compartilha sua experiência: "Em 2023, quando percebi que os juros iriam subir, migrei boa parte dos meus investimentos para CDBs pós-fixados a 105% do CDI. Foi uma decisão acertada, pois consegui aproveitar toda a alta da Selic nos meses seguintes."
Comparando rendimentos de forma adequada
Uma das maiores contribuições de entender o CDI é poder comparar investimentos de forma justa e precisa. Muitas vezes, produtos financeiros usam bases diferentes para expressar rentabilidade, dificultando a comparação.
Por exemplo, como comparar:
Um CDB que paga 12% ao ano (prefixado)
Um CDB que paga 110% do CDI (pós-fixado)
Um CDB que paga CDI + 1% ao ano (pós-fixado)
Para fazer essa comparação corretamente, você precisa:
Conhecer a taxa CDI atual
Converter todas as rentabilidades para a mesma base (percentual ao ano ou percentual do CDI)
Considerar o prazo e a liquidez de cada opção
Diversificação baseada em indicadores
Investidores mais sofisticados utilizam o conhecimento sobre o CDI para diversificar suas carteiras não apenas entre classes de ativos, mas também entre diferentes indexadores:
Parte em CDI (para proteção e liquidez)
Parte em IPCA (para proteção contra inflação)
Parte em prefixados (para aproveitar ciclos de queda de juros)
Parte em ativos internacionais (para proteção cambial)
Essa estratégia de diversificação por indexadores proporciona maior resiliência à carteira em diferentes cenários econômicos.
O cenário atual de juros e o que esperar
Para tomar decisões informadas sobre investimentos atrelados ao CDI, é fundamental acompanhar o cenário econômico atual e as perspectivas para a taxa de juros.
Panorama do CDI em 2025
Em abril de 2025, o cenário econômico brasileiro apresenta [descrição do cenário atual] com a taxa Selic em [valor atual] e o CDI acompanhando esse patamar.
Os principais fatores que estão influenciando o CDI atualmente são:
Inflação: O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) está [comportamento recente], o que tem levado o Banco Central a [postura do BC].
Política fiscal: As decisões do governo federal relacionadas a gastos públicos e controle do déficit fiscal têm gerado [impacto no mercado].
Cenário internacional: As taxas de juros nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos estão [comportamento], o que [impacto no Brasil].
Crescimento econômico: O PIB brasileiro tem mostrado [comportamento], o que leva analistas a preverem [perspectivas].
Projeções para o CDI nos próximos meses
De acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com as principais instituições financeiras do país, as projeções para a Selic (e consequentemente para o CDI) são:
Final de 2025: [projeção]
2026: [projeção]
Essas projeções sugerem um cenário de [estabilidade/alta/queda] para os investimentos atrelados ao CDI nos próximos períodos.
Como se posicionar neste cenário
Considerando as perspectivas atuais, uma estratégia equilibrada para investimentos relacionados ao CDI poderia incluir:
Curto prazo (até 1 ano): Priorizar aplicações com alta liquidez atreladas ao CDI, como CDBs de bancos sólidos com percentuais atraentes do CDI ou fundos DI com baixa taxa de administração.
Médio prazo (1 a 3 anos): Avaliar títulos que combinam CDI + taxa fixa, como algumas debêntures ou CRIs que oferecem "CDI + spread", aproveitando tanto a taxa atual quanto possíveis altas.
Longo prazo (acima de 3 anos): Diversificar entre indexadores, combinando CDI com IPCA e possivelmente incluindo uma parcela em prefixados caso as taxas estejam atrativas.
Conclusão com exemplo prático
Para ilustrar o impacto prático do CDI nos seus investimentos, vamos considerar um exemplo hipotético:
Imagine que você tenha R$ 10.000 para investir por um ano e esteja avaliando três opções:
1. CDB Banco A - 105% do CDI
Com CDI a 10% ao ano: Rendimento = R$ 1.050 (10.000 × 10% × 105%)
Com CDI a 12% ao ano: Rendimento = R$ 1.260 (10.000 × 12% × 105%)
Com CDI a 8% ao ano: Rendimento = R$ 840 (10.000 × 8% × 105%)
2. CDB Banco B - Taxa prefixada de 11% ao ano
Rendimento = R$ 1.100, independentemente da variação do CDI
3. CDB Banco C - CDI + 1% ao ano
Com CDI a 10% ao ano: Rendimento = R$ 1.100 (10.000 × [10% + 1%])
Com CDI a 12% ao ano: Rendimento = R$ 1.300 (10.000 × [12% + 1%])
Com CDI a 8% ao ano: Rendimento = R$ 900 (10.000 × [8% + 1%])
Como podemos observar, a opção mais rentável dependerá do comportamento do CDI durante o período do investimento:
Se o CDI subir acima do esperado, o CDB C será mais vantajoso
Se o CDI cair, o CDB B (prefixado) se tornará a melhor escolha
O CDB A fica no meio termo, oferecendo proteção parcial contra altas do CDI
Este exemplo simples demonstra como o entendimento do CDI pode orientar suas decisões de investimento para maximizar seus ganhos conforme diferentes cenários econômicos.
Entender como o CDI afeta seus investimentos não é apenas um conhecimento técnico para especialistas do mercado financeiro. É uma ferramenta essencial para qualquer pessoa que queira fazer escolhas mais inteligentes com seu dinheiro.
Com esse entendimento, você passa a ver além das promessas de rentabilidade e consegue avaliar criticamente as opções disponíveis, adaptando sua estratégia conforme o cenário econômico se transforma.
Se você quer aprofundar seu conhecimento sobre indexadores econômicos e como eles impactam seus investimentos, não deixe de ler nosso artigo completo sobre CDI, IPCA e SELIC: o que significam e como afetam seus investimentos.
E para entender melhor como escolher entre diferentes classes de ativos considerando indicadores como o CDI, confira também Como escolher entre renda fixa e renda variável.
Lembre-se: o investidor que entende os indicadores tem mais chances de tomar decisões acertadas, independentemente do cenário econômico.