Fundos internacionais: vale a pena investir?

Fundos internacionais podem ser alternativa inteligente para diversificação e proteção cambial na sua carteira. Aprenda mais com a NoobMoney Vamos juntos nessaa!!

INVESTIMENTOSEDUCAÇÃO FINANCEIRA

Paulo Ferreira

4/15/202512 min ler

Fundos internacionais: vale a pena investir?

Em um mundo cada vez mais conectado, diversificar investimentos além das fronteiras nacionais tornou-se não apenas uma possibilidade, mas uma estratégia potencialmente vantajosa para investidores brasileiros. Os fundos internacionais surgem como uma alternativa interessante para quem busca exposição global sem a necessidade de gerenciar diretamente ativos no exterior. Mas será que eles realmente valem a pena? Vamos explorar detalhadamente esse universo de oportunidades.

O que são fundos internacionais?

Fundos internacionais são veículos de investimento coletivo que destinam seu patrimônio principalmente a ativos de mercados estrangeiros. Em essência, eles funcionam como qualquer outro fundo de investimento, com a diferença fundamental de onde os recursos são aplicados.

Como funcionam na prática

Quando você investe em um fundo internacional:

  1. Seu dinheiro é agregado ao de outros investidores

  2. Um gestor profissional fica responsável por selecionar e monitorar os ativos no exterior

  3. Os recursos são convertidos para moeda estrangeira (geralmente dólar ou euro)

  4. O patrimônio é aplicado em diversos ativos internacionais, seguindo a política de investimento específica do fundo

"Eu sempre quis investir em mercados internacionais, mas me sentia inseguro para selecionar empresas estrangeiras individualmente. O fundo internacional foi minha porta de entrada, permitindo que profissionais fizessem isso por mim", compartilha Ricardo, engenheiro de 42 anos que investe em fundos globais há 3 anos.

Principais diferenças em relação a fundos tradicionais

Os fundos internacionais se diferenciam dos fundos tradicionais brasileiros em alguns aspectos importantes:

  • Exposição cambial: Há uma exposição natural à variação da moeda estrangeira

  • Acesso a mercados diversos: Possibilitam investir em economias e setores ausentes ou subrepresentados no Brasil

  • Legislação e tributação: Possuem particularidades fiscais dependendo de como são estruturados

  • Horário de negociação: Muitas vezes seguem o horário dos mercados onde investem, o que pode impactar solicitações de aplicação e resgate

"A primeira coisa que notei nos fundos internacionais foi como eles se comportavam de forma diferente dos meus investimentos em fundos brasileiros, especialmente em momentos de volatilidade no câmbio", observa Patrícia, médica de 38 anos que diversificou sua carteira com fundos globais em 2021.

Quais ativos compõem esses fundos?

A composição dos fundos internacionais pode variar significativamente, dependendo de sua estratégia e foco. Conhecer esses detalhes é fundamental para alinhar o investimento aos seus objetivos.

Ações internacionais

Muitos fundos focam em ações de empresas negociadas em bolsas estrangeiras, como:

  • Ações de mercados desenvolvidos: Empresas dos EUA, Europa, Japão

  • Ações de mercados emergentes: China, Índia, Rússia, entre outros (excluindo o Brasil)

  • Ações setoriais: Tecnologia, saúde, consumo ou outros setores específicos

  • Ações de small caps: Empresas menores com potencial de crescimento

"Optei por um fundo internacional de tecnologia porque esse setor é limitado na bolsa brasileira. Foi uma maneira de me expor a empresas como NVIDIA e TSMC, que são líderes em semicondutores", explica Bruno, analista de sistemas de 35 anos.

Renda fixa global

Alguns fundos se dedicam a títulos de renda fixa emitidos por governos ou empresas estrangeiras:

  • Títulos soberanos: Emitidos por governos de diversos países

  • Títulos corporativos: Dívidas emitidas por empresas internacionais

  • High yield: Títulos de maior risco e potencial retorno

  • Investment grade: Títulos de emissores com boa classificação de crédito

Mariana, contadora de 44 anos, compartilha: "Incluí um fundo de renda fixa global na minha carteira buscando diversificação e menor volatilidade. Foi uma forma de ter exposição a títulos de países com juros diferentes do Brasil."

Múltiplas classes de ativos

Fundos mais diversificados podem incluir:

  • Combinação de ações e renda fixa

  • Commodities

  • Real Estate (REITs e outros imóveis internacionais)

  • Private equity

  • Infraestrutura global

"O que mais me atraiu no meu fundo internacional foi justamente sua diversificação entre várias classes de ativos. Isso me deu tranquilidade, sabendo que não estava concentrado em apenas um tipo de investimento", relata Carlos, professor universitário de 51 anos.

ETFs internacionais

Alguns fundos brasileiros investem em ETFs (Exchange Traded Funds) negociados em bolsas estrangeiras:

  • ETFs de índices: Replicam índices como S&P 500, Nasdaq, MSCI World

  • ETFs setoriais: Focados em setores específicos

  • ETFs temáticos: Baseados em tendências como ESG, inteligência artificial ou energias renováveis

"Invisto em um fundo que aloca em ETFs internacionais variados. É como se eu tivesse acesso a uma carteira global completa com um único investimento", diz Amanda, advogada de 37 anos.

Como funciona o investimento no Brasil?

Para o investidor brasileiro, acessar fundos internacionais é relativamente simples, mas existem particularidades importantes que você deve conhecer.

Tipos de fundos disponíveis no mercado brasileiro

Existem basicamente duas estruturas disponíveis:

1. Fundos brasileiros que investem no exterior

  • Constituídos no Brasil e regulados pela CVM

  • Convertem os recursos para moeda estrangeira e investem lá fora

  • Podem ser acessados por qualquer investidor, respeitando o público-alvo definido (varejo, qualificado ou profissional)

2. Fundos offshore com feeder no Brasil

  • O fundo principal (master) está domiciliado no exterior

  • Um fundo brasileiro (feeder) investe todo seu patrimônio no fundo master

  • Geralmente destinados a investidores qualificados ou profissionais

"Iniciei por um fundo brasileiro com estratégia internacional porque o processo de investimento era idêntico ao de qualquer outro fundo nacional. Foi muito mais simples do que eu imaginava", conta Renato, designer de 33 anos.

Processo de investimento

Investir em um fundo internacional segue basicamente os mesmos passos de qualquer outro fundo:

  1. Escolha da plataforma: Corretoras, bancos ou plataformas de investimento

  2. Seleção do fundo: Análise de estratégia, histórico, gestor e custos

  3. Cadastro e suitability: Verificação de adequação ao seu perfil

  4. Aplicação: Transferência dos recursos em reais

  5. Acompanhamento: Monitoramento do desempenho e informações do fundo

"A simplicidade operacional foi o que mais me surpreendeu. Apliquei em reais, como em qualquer fundo nacional, e o gestor cuidou de todo o processo de conversão e investimento no exterior", explica Fernanda, farmacêutica de 39 anos.

Valores mínimos de entrada

Os valores mínimos variam consideravelmente:

  • Fundos para o varejo: A partir de R$100 até R$5.000

  • Fundos para investidores qualificados: Geralmente a partir de R$10.000

  • Fundos exclusivos ou restritos: Podem exigir valores superiores a R$100.000

"Comecei com apenas R$500 em um fundo internacional aberto ao varejo. Foi uma maneira acessível de iniciar minha diversificação global", compartilha Thiago, nutricionista de 28 anos.

Comparativo com ETFs e ações diretas

Ao decidir como investir internacionalmente, é importante comparar as diferentes alternativas disponíveis.

Vantagens dos fundos internacionais

Em comparação com investir diretamente em ações ou ETFs estrangeiros, os fundos oferecem algumas vantagens:

  • Gestão profissional: Especialistas selecionam os ativos e tomam decisões

  • Diversificação facilitada: Acesso a dezenas ou centenas de ativos com um único investimento

  • Simplicidade operacional: Não é necessário abrir conta no exterior ou lidar com câmbio

  • Menos burocracia fiscal: O fundo brasileiro cuida de grande parte das obrigações tributárias

  • Acesso a mercados restritos: Alguns fundos investem em ativos pouco acessíveis ao investidor individual

"Depois de tentar gerenciar investimentos diretos no exterior, migrei para fundos internacionais. A economia de tempo e a tranquilidade com questões tributárias compensaram completamente as taxas", revela Marcelo, empresário de 47 anos.

Desvantagens dos fundos internacionais

Por outro lado, existem algumas desvantagens a considerar:

  • Custos mais elevados: Taxas de administração e performance podem ser significativas

  • Menor controle: Você não escolhe diretamente os ativos da carteira

  • Tributação potencialmente menos eficiente: Dependendo da estrutura, pode haver bitributação

  • Liquidez geralmente menor: Muitos fundos têm prazos de resgate superiores a ETFs ou ações

"Inicialmente, as taxas me incomodavam, mas ao calcular o custo-benefício entre fazer tudo sozinho versus ter uma gestão profissional, percebi que para meu caso valia a pena", pondera Laura, engenheira de 41 anos.

Quando cada alternativa faz mais sentido

A escolha entre fundos, ETFs ou ações diretas depende de vários fatores:

Fundos internacionais podem ser mais adequados quando:

  • Você prefere delegar as decisões a especialistas

  • Não tem tempo ou conhecimento para selecionar ativos estrangeiros

  • Valoriza a simplicidade operacional

  • Busca acesso a estratégias complexas ou mercados de difícil acesso

ETFs ou ações diretas podem ser mais vantajosos quando:

  • Você tem conhecimento e tempo para seleção de ativos

  • Busca custos reduzidos no longo prazo

  • Prefere controle total sobre seus investimentos

  • Já possui estrutura para investir diretamente no exterior

"Dividi meus investimentos internacionais: para mercados que entendo bem, como o americano, invisto diretamente em ETFs; para mercados asiáticos, que conheço menos, prefiro fundos com gestão especializada", explica Rodrigo, professor universitário de 45 anos.

Quando vale a pena entrar e em que perfil?

Nem todo investidor deve necessariamente alocar recursos em fundos internacionais. É importante entender quando esse tipo de investimento faz sentido e para qual perfil.

Alinhamento com objetivos financeiros

Os fundos internacionais tendem a ser mais adequados para:

  • Objetivos de médio e longo prazo: Horizontes superiores a 5 anos

  • Diversificação geográfica: Redução de riscos específicos do mercado brasileiro

  • Proteção cambial parcial: Hedge natural contra desvalorização do real

  • Acesso a setores ausentes no Brasil: Tecnologia avançada, biotecnologia, etc.

"Meu objetivo era ter parte do patrimônio protegida de crises exclusivamente brasileiras, pensando na aposentadoria. Os fundos internacionais se encaixaram perfeitamente nessa estratégia", conta Eduardo, médico de 52 anos.

Perfil de investidor adequado

Fundos internacionais são geralmente mais recomendados para investidores:

  • Moderados a arrojados: Que aceitam certa volatilidade

  • Com horizonte de médio a longo prazo: Para diluir custos e volatilidade cambial

  • Que buscam diversificação real: Não apenas diversificação entre classes, mas geográfica

  • Com parte da carteira já consolidada no Brasil: Como complemento a investimentos locais

Aline, psicóloga de 39 anos, compartilha: "Só comecei a investir em fundos internacionais depois de consolidar minha reserva de emergência e uma base sólida de investimentos no Brasil. Foi uma evolução natural da minha carteira."

Qual o momento certo para começar?

O timing para iniciar investimentos em fundos internacionais deve considerar:

  • Sua jornada como investidor: Geralmente não são os primeiros investimentos a fazer

  • Cenário macroeconômico: Embora seja impossível prever o mercado, momentos de real forte podem ser oportunos

  • Sua capacidade de manter os investimentos no longo prazo: Evite recursos que possam ser necessários no curto prazo

"Iniciei gradualmente, aportando pequenos valores mensais em fundos internacionais. Isso me permitiu aproveitar diferentes momentos do mercado e do câmbio", explica Leonardo, contador de 36 anos.

Percentual recomendado da carteira

A reserva de emergência deve estar estabelecida antes de considerar investimentos internacionais. Após isso, os especialistas geralmente sugerem:

  • Investidores iniciantes: 5% a 15% da carteira em ativos internacionais

  • Investidores moderados: 15% a 30% em exposição internacional

  • Investidores experientes: 30% a 50% com diversificação global

"Comecei com 10% da minha carteira em fundos internacionais e fui aumentando gradualmente. Hoje mantenho cerca de 30%, o que tem trazido mais estabilidade ao meu patrimônio em momentos de volatilidade no Brasil", relata Gustavo, engenheiro de 43 anos.

Custos, taxas e tributações envolvidas

Um dos aspectos mais importantes ao avaliar fundos internacionais são os custos envolvidos, que podem impactar significativamente o retorno final.

Taxas cobradas pelos fundos

As principais taxas incluem:

  • Taxa de administração: Geralmente entre 0,8% e 2,5% ao ano

  • Taxa de performance: Comumente 20% sobre o que exceder algum benchmark (como MSCI World ou CDI)

  • Taxa de entrada/saída: Mais raras, mas existentes em alguns fundos

  • Despesas operacionais: Auditorias, custódia e outras despesas que afetam o retorno

"Analisei as taxas de vários fundos e percebi grandes diferenças. Acabei optando por um com taxa de administração de 1,1% ao ano, abaixo da média, que ainda assim oferecia gestão ativa de qualidade", conta Helena, administradora de 34 anos.

Estrutura tributária

A tributação varia conforme a categoria do fundo:

1. Fundos de ações internacionais

  • Alíquota única de 15% sobre o ganho de capital no resgate

  • Não ocorre o "come-cotas" semestral

2. Fundos multimercado internacionais

  • Alíquota de 15% a 22,5% dependendo do prazo (tabela regressiva)

  • Incidência do "come-cotas" semestral para investimentos superiores a 182 dias

3. Fundos de renda fixa internacionais

  • Alíquota de 15% a 22,5% conforme prazo (tabela regressiva)

  • Sujeitos ao "come-cotas" semestral

"A questão tributária foi determinante na minha escolha. Optei por um fundo classificado como ações, evitando o come-cotas semestral, já que meu horizonte é de longo prazo", explica Rafael, advogado tributarista de 40 anos.

Análise do custo-benefício

Ao avaliar se vale a pena absorver os custos dos fundos internacionais, considere:

  • Comparação com outras alternativas: ETFs estrangeiros geralmente têm taxas menores, mas envolvem mais complexidade operacional e tributária

  • Valor agregado pela gestão ativa: Alguns gestores conseguem consistentemente superar benchmarks, justificando taxas mais altas

  • Seu tempo e conhecimento: O custo do seu tempo para gerenciar investimentos diretos tem valor

  • Patrimônio total investido: Quanto maior o valor, mais impacto as taxas terão em termos absolutos

"Fiz as contas considerando o tempo que eu gastaria pesquisando, o estresse com declarações e a conversão de moedas. No meu caso, as taxas do fundo se pagavam pela conveniência", relata Cláudia, empresária de 48 anos.

Estratégias práticas para investir em fundos internacionais

Uma vez decidido que fundos internacionais fazem sentido para você, algumas estratégias podem maximizar as chances de sucesso.

Diversificação entre diferentes fundos

Em vez de concentrar todo o recurso em um único fundo internacional:

  • Combine diferentes gestores: Cada gestor tem vieses e especialidades

  • Mescle estratégias passivas e ativas: Fundos passivos para exposição ao mercado geral e ativos para oportunidades específicas

  • Diversifique geograficamente: Fundos com foco em diferentes regiões (EUA, Europa, Ásia)

  • Alterne classes de ativos: Fundos de ações, multimercado e renda fixa internacional

"Distribuo meus investimentos internacionais entre três fundos: um global passivo com taxas baixas, um ativo com foco em tecnologia e outro em mercados emergentes asiáticos", explica André, economista de 39 anos.

Aportes regulares versus timing de mercado

A estratégia de investimento pode seguir diferentes abordagens:

  • Dollar-cost averaging: Aportes regulares independente da situação do mercado, diluindo o preço médio de compra

  • Momentos oportunos: Aproveitar períodos de fortalecimento do real para fazer aportes maiores

  • Estratégia mista: Base de aportes regulares com incrementos em momentos específicos

"Mantenho aportes mensais em fundos internacionais, mas já reservo um valor extra para momentos em que o dólar cai significativamente. Essa estratégia mista tem funcionado bem para mim", conta Beatriz, dentista de 37 anos.

Horizonte de investimento adequado

O tempo é fator crucial para investimentos internacionais:

  • Curto prazo (menos de 2 anos): Geralmente não recomendado devido à volatilidade cambial e custos

  • Médio prazo (2-5 anos): Exposição moderada, priorizando fundos menos voláteis

  • Longo prazo (mais de 5 anos): Maior alocação possível, aproveitando o poder dos juros compostos e diluindo volatilidades de curto prazo

"Defini desde o início que meus investimentos em fundos internacionais seriam para um horizonte mínimo de 8 anos. Isso me dá tranquilidade para enfrentar períodos de volatilidade sem ansiedade", explica Vinícius, arquiteto de 41 anos.

Acompanhamento e rebalanceamento

O monitoramento periódico é essencial:

  • Avaliação trimestral ou semestral: Verifique se o fundo segue sua proposta original

  • Rebalanceamento anual: Mantenha os percentuais desejados de alocação internacional

  • Reavaliação dos gestores: Analise consistência, mudanças na equipe e aderência à filosofia de investimento

O perfil de investidor é fundamental para determinar não só quanto investir internacionalmente, mas também como monitorar esses investimentos.

"Faço uma revisão semestral da performance dos meus fundos internacionais comparando-os com seus benchmarks. Já troquei de fundo uma vez quando identifiquei mudanças significativas na estratégia do gestor", conta Marcela, engenheira de 43 anos.

Fundos internacionais na prática: exemplos reais

Para tornar o tema mais tangível, vamos analisar alguns tipos comuns de fundos internacionais disponíveis para investidores brasileiros:

Fundos de índices globais

  • Características: Replicam índices amplos como MSCI World ou S&P 500

  • Vantagem principal: Ampla diversificação com custos geralmente menores

  • Exemplo de performance: Um fundo típico de índice global teve retorno médio de 8-12% ao ano em dólares na última década (não garantia de retornos futuros)

"Optei por um fundo que acompanha o MSCI World porque queria uma exposição ampla ao mercado global, sem apostar em regiões ou setores específicos", relata Fábio, professor universitário de 49 anos.

Fundos de ações internacionais com gestão ativa

  • Características: Seleção ativa de ações estrangeiras, geralmente com algum viés setorial ou geográfico

  • Vantagem principal: Potencial de superar o mercado através de análise fundamentalista

  • Exemplo de performance: Os melhores fundos desta categoria conseguiram retornos 3-5% acima dos índices em alguns períodos, mas nem todos superam consistentemente seus benchmarks

"Invisto em um fundo com foco em empresas inovadoras globais. Gosto da abordagem do gestor de buscar empresas disruptivas com potencial de crescimento acima da média", comenta Júlia, publicitária de 36 anos.

Fundos multimercado internacionais

  • Características: Combinam diversas classes de ativos estrangeiros e estratégias

  • Vantagem principal: Maior flexibilidade para adaptar a carteira a diferentes cenários

  • Exemplo de performance: Volatilidade geralmente menor que fundos de ações, com retornos que variam significativamente conforme a estratégia

"O fundo multimercado internacional que escolhi me agrada pela capacidade de se adaptar a diferentes momentos de mercado, alternando entre ações, renda fixa global e até mesmo proteções em momentos de crise", explica Roberto, consultor de 52 anos.

Conclusão: Fazendo a escolha certa para o seu caso

Depois de analisar todos os aspectos dos fundos internacionais, voltamos à pergunta central: vale a pena investir neles?

A resposta, como em muitas questões de investimentos, é: depende do seu caso específico.

Para quem faz mais sentido

Fundos internacionais tendem a ser adequados para:

  • Investidores que valorizam a simplificação tributária e operacional

  • Pessoas com menos tempo ou interesse para selecionar ativos estrangeiros diretamente

  • Quem busca acesso a mercados específicos onde especialização é valiosa

  • Investidores que preferem delegar decisões a gestores profissionais

Para quem pode não ser a melhor opção

Por outro lado, podem não ser ideais para:

  • Investidores muito sensíveis a custos e com conhecimento para operar diretamente

  • Pessoas com patrimônio muito pequeno para diluir as taxas

  • Quem precisa de liquidez imediata em qualquer circunstância

  • Investidores que preferem controle total sobre cada ativo em sua carteira

Decisão equilibrada e personalizada

O fundamental é tomar uma decisão baseada em:

  • Seus objetivos financeiros específicos

  • Seu horizonte de investimento

  • Sua tolerância a riscos e volatilidade

  • Seu tempo disponível para gestão e aprendizado

  • Seu patrimônio atual e capacidade de poupança

"Depois de comparar todas as alternativas, concluí que para mim uma combinação de fundos internacionais (para mercados que conheço menos) e ETFs estrangeiros (para exposição mais barata a índices amplos) era o caminho ideal", compartilha Renato, consultor financeiro de 44 anos.

Os fundos internacionais representam uma evolução importante no universo de investimentos acessíveis aos brasileiros. Como uma ferramenta de diversificação global e proteção parcial contra riscos domésticos, têm seu espaço bem definido em carteiras bem planejadas.

A chave está em utilizá-los de forma estratégica, consciente dos custos e benefícios, e alinhados aos seus objetivos financeiros de médio e longo prazo. Com a abordagem correta, podem ser uma adição valiosa à sua jornada de construção patrimonial.

Este artigo tem caráter educativo e não constitui recomendação de investimentos. Antes de investir, consulte um profissional especializado para avaliar sua situação específica.